i'm hungry for some unrest, i wanna push this beyond a peaceful protest 

domingo, 20 de dezembro de 2009 // 00:27


Até tenho bastante coisas pra escrever sobre temas que tinha dito que seriam o foco desse blog, como ter ouvido o novo álbum do Muse ou ter finalmente visto Stardust, mas vou fazer algo bem feijão-com-arroz, quase estilo diário-mode-on.

Primeira coisa: fiz minha primeira compra num site internacional. *_* Comprei Stardust, do Neil Gaiman, em inglês. Custou US$5 e alguma coisa. O frete? Mais de US$12. Comprei só porque tinha um dinheiro no PayPal e tinha que gastar. Na verdade, poderia ter feito uma volta enorme e gastado menos: poderia ter pago uma pequena taxa, transferido o dinheiro do PayPal pra conta no banco e daí ter usado esse dinheiro pra pagar o cartão de crédito e compraria o livro na Cultura, onde ele custa um pouco mais de R$16. Mais o frete, não passaria de R$26, imagino. Mas no fim, eu queria mesmo comprar o livro da Barnes and Noble, só pra ver como é. Na real, talvez a única mancada minha tenha sido o livro que comprei. Acho que deveria ter escolhido algo que não fosse tão simples de encontrar pra vender aqui no Brasil, mesmo que Stardust fosse um dos livros que eu mais estivesse ansiosa pra comprar em inglês. Agora já foi, meu livrinho está a caminho. Não vejo a hora de colocar minhas patinhas nele. ^^

Minha madrinha está no hospital por causa de uma veia entupida e quase rolou um estresse aqui em casa. Eu tenho pavor de hospitais. Detesto o cheiro, os corredores sombrios, tudo. E minha mãe queria porque queria que eu fosse visitá-la sozinha. Eu só entro em hospital obrigada, acompanhada e pelo menor tempo possível.
Na realidade o estresse partiu mais do fato de eu ter dito que visitar certas pessoas no hospital parece mais uma obrigação do que qualquer outra coisa. Não entendo porque tem gente que vemos uma vez por ano, e olhe lá, quando estão sadias, aí, quando adoecem, é preciso ir no hospital vê-las. Eu tenho perfeito entendimento de como eu soo quando digo algo assim: como uma pessoa rude, mal-educada e até sem-coração. Mas eu vejo pelo outro lado, que ficou ilustrado quando finalmente fomos lá, minha mãe e eu. Além de nós duas, estavam lá meu padrinho com um neto, um irmão do meu padrinho com a esposa, e, vejam bem, uma irmã da mãe da nora da minha madrinha. Perceberam o parentesco? Quem realmente é da família da minha madrinha, quem convive com ela (meu padrinho e o neto deles) quase não teve contato com ela pois ela estava ocupada dando atenção pra toda aquela outra gente. É disso que eu falo. Demonstrar atenção, interesse e afeto não se resume a ir lá visitar e tirar o tempo dos parentes próximos. Pra mim, ligar pra saber como ela está e se oferecer pra ajudar no que for preciso é muito mais importante. Mas tudo bem, o meu cérebro sempre funcionou de uma maneira bastante peculiar, e eu praticamente nunca concordo ou chego às mesmas conclusões que os outros. Paciência.

Bom, depois dessa visita ao hospital, não sei porque eu não corri pro fim-da-linha do ônibus e vim pra casa mas sim deixei minha mãe me convencer a andar no Centro e ir ao Mercado Público. Se em dias completamente "desespeciais" (Lewis Carrol inventou o "desaniversário", então eu posso inventar um dia "desespecial"), o Centro de Porto Alegre já é uma reprodução fiel do inferno, no último sábado antes do Natal, num calor desgraçado, aquilo é o próprio inferno. O que amenizou é que dentro do Mercado não tem sol, pelo menos...
Não, e além disso tudo ainda ter que ouvir coisas idiotas pelo caminho é dose. Estávamos nós, numa banca de peixes, comprando os dito cujos, quando chegam dois casais com jeito de "ricos" e uma das mulheres olha pra umas postas de peixe (que, aliás, foi o que jantamos ontem, mesmo que nenhuma de nós duas conseguisse lembrar como era o nome do tal) e pergunta toda admirada: "Isso é peixe???" Sério, não faz isso comigo. A resposta já tava na ponta da minha língua, algo do tipo "claro que não, bobinha, é um frango. E um tipo de frango super especial, o frango aquático! Ele nada e cisca ao mesmo tempo." Eu mereço.

Bom, de qualquer forma, esse post longo e quase que totalmente desprovido de conteúdo é um tapa-buraco até eu me inspirar pra falar tanto do álbum quanto do filme.

Marcadores: , ,

1 Comentários

1 Comentários:

Às 20/12/2009, 11:19 , Anonymous Thay disse...

É, tenho que concordar com você nesse post. E em outros tbm, hauehua. Temos alguns pontos de vista super parecidos. Meses atrás minha mãe me arrastou até ao hospital com ela pra visitar o marido de uma antiga vizinha. Tudo bem, elas são bem próximas e tal, mas assim como você, acredito que ligar e oferecer seus préstimos é muito mais útil do que ir até lá e usar o tempo dos familiares. Sei lá, eu não gostaria que um punhado de pessoas viesse me visitar no hospital e me impedisse de passar o tempo com meus familiares próximos. Um ponto de vista meio chato, mas é assim que vejo as coisas. XD

E nem me fale em centro de cidade! Sexta-feira me deixei levar por duas amigas e fomos para aqui no centro de Curitiba. Ainda não estava em um estado tão crítico, mas já estava muito cheio pra mim. Hauhea, sou chata, não gosto de aglomerados.

Até mais! =*

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial

Angela. Fez sua estreia no mundo no dia 2 de junho, há mais de ¼ de século. Porto Alegre/RS foi o palco. É estranha eclética. Adora futebol e torce pro Internacional. Ama livros e tem um diploma de Bacharel em Letras (o que a torna uma tradutora não-praticante). É propensa a paixonites agudas. E tem uma lista grande de adjetivos que aplicam-se a ela: Tímida. Indecisa. Curiosa. Teimosa. Paranóica. Inconstante. Prolixa.
Pois é.



sim! música; livros; futebol; passar a noite acordada; chocolate, queijo; aprender idiomas diferentes; chuva, inverno; Grã Bretanha; Harry Potter, Agatha Christie; Ewan McGregor; Lost; U2, Bon Jovi, Oasis, Matchbox Twenty, My Chemical Romance, Muse, 30 Seconds To Mars;
não! calor, verão; matemática, física, química; filme dublado; lagartixas, sapos, répteis e anfíbios em geral;

Album: Muse - The Resistance Filme: Stardust

+ clique

twitter

last.fm

Ouvindo...

site

Foi em 13 de setembro de 2002 que eu decidi ter um blog. Já teve vários nomes: My Precious, Clair de Lune, Disenchanted e, finalmente, Desiderata. A sua localização também mudou bastante: ficou hospedado no blogger.com.br até setembro de 2003, quando a Sandrinha me deu host no domínio dela, o Blue-Aqua. E quando o B-A fechou, o blog foi pro Nobody-Else, da Rissa. O N-E fechou, a Rissa me levou junto pro March22.org, onde fiquei desde o dia 11 de outubro de 2004 até meados de outubro de 2005, quando ela teve que fechar o domínio. Voltou ao blogger.com.br, onde ficou até 16 de fevereiro de 2008, quando foi para o kawaiine.org. Quando a Rissa mudou de domínio, fico uns tempos inativo e então veio para o blogger.com, onde, por quase um ano, ficou completamente esquecido, mas não totalmente fechado, até reaparecer em outubro de 2009.

Desiderata: "as coisas que se deseja", em latim.

Layout:
Resistance. Em homenagem à maravilhosa música da banda Muse, presente no álbum The Resistance.
Layouts anteriores
Créditos:
Texturas & Brushes ; .

pessoas

Flot;
Jéssica;
Rissa;
Thay;

Get Firefox!

arquivos